sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Rodrigo Leão no CCB - 27 de Fevereiro de 20202


Descobri, encontrei-a e desfiz um mistério que tinha desde há muito.

Sempre me falaram em qualidade. Tens que fazer as coisas com qualidade. Escolhe a maior qualidade. Procura a qualidade.
Mas, como nunca pude ver ou palpar a qualidade, sempre entendi que era sobretudo um conceito subjectivo, abstracto, não visível, não materializavel.

Pois bem, a noite passada, na sala do CCB, vi, pude ver, como se dizia na Beira Alta, "com estes dois que a terra há-de comer" que agora com maior probabilidade deverá ser dito "com estes dois que o fogo reduzirá a cinzas",  a Qualidade, ela própria, objectiva, substantiva.

Subia das pautas, do piano de Rodrigo Leão, dos instrumentos de cada musico com ele em palco, de cada boca e voz de quem cantava ou do conjunto daquela mole humana harmoniosa e consistente que era o coro de jovens.

Subia, penso que pude memo ver a qualidade que ali não era subjectiva, não era um éter nem um adjectivo, era substantivo, subir palco acima e voltar, feita um manto, por sobre toda a plateia, o anfiteatro da sala maior do CCB.

E, agora que o show terminou, ainda que todos os que lá estiveram possam dizer que o show must go on,  para quem não ouviu ainda, recomendo que comprem e oiçam este novo trabalho, O MÉTODO !
Gente metódica, artistas com método, associado à qualidade que é muita, é, de facto, outra coisa. no futebol dizem que é coisa de outro planeta, outra galáxia.
foi assim mesmo que ontem me senti no CCB.
Abraço, Rodrigo Leão. E muito obrigado.

Carlos Pereira Martins





















Sem comentários:

Enviar um comentário