quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Como lidar com as Redes Sociais. Se a minha experiência de vida e o que penso puder ajudar, fico contente. Mas, a quem não concorde, respeito e fico amigo com até aqui.
Diz-me a experiência de vida que, numa empresa, numa IPSS, numa ONG, numa qualquer instituição, num Banco, numa Seguradora, seja onde for, quando haja pessoas que ao longo de muito tempo, anos seguidos, se ocupam dos mesmos assuntos e por determinadas áreas são responsáveis, é muito seriamente de evitar, é de colocar um fim, alterar, quanto antes.
É clássica a situação de pessoas "muito cumpridoras e dedicadas" que em anos seguidos chegam a prescindir do direito a gozar férias, com a razão de não ser possível deixar o trabalho sem a sua presença, o seu saber e a sua dedicação. E, quando efectivamente alguém lhes impõe que vão de férias, descobrem-se irregularidades que nunca se imaginaria que pudessem estar a cometer !
Não se deve confiar em quem da vida faz uma gaveta única, uma sala de onde mais não vê que uma única realidade, um aspecto específico. A VIDA, não é isso, nem a isso pode ser reduzida.
Seja a dedicação ao lince da Malcata, á causa dos Sem Abrigo, ás recolhas de fundos para o que seja, doenças específicas, bancos de alimentos, recolhas de fundos para o que quer que seja, as situações enquistadas, não devem acontecer.
São causas, obviamente, muito altruístas mas que devem ser prosseguidas, sobretudo supervisionadas e com a responsabilidade exercida por pessoas que devem "ir rodando", alternando, substituído-se com frequência.
Para evitar tantos casos como os que, infelizmente, temos presenciado nos últimos anos.
Ninguém, nenhuma pessoa, pode ou deve, normalmente, viver a sua vida dedicando-se exclusivamente a uma vertente, a um aspecto especifico do universo de situações, questões e realidades que a Vida é.
De contrário, fechando-se apenas num compartimento, seja o voluntariado em prol dos canários, do lince, do clima, da musica, de um qualquer aspecto de que a política é fértil, qualquer pessoa perde aderência á realidade multifacetada que a Vida é e deixa de ser competente para o fazer. No mínimo, incompetente. Pode ainda tornar-se inconveniente por abuso de poder ou por corrupção .
Nas redes sociais, o fenómeno não é diferente.
Redes ou paginas consecutivamente geridas pela mesma pessoa, anos a fio, tornam a pessoa doentia, viciada naquele mesmo tema, seja o passarinho, a comida vegetariana, o clima, a musica, a defesa dos direitos da mulher, do homem ou que quer que seja.
Em geral, se alguém ousa ocupar um pouco que seja o espaço exclusivo destas pessoas, é acusado de querer fazer "promoção pessoal". E, também em geral, a pessoa sente-se ofendida e não mais por ali aparece. Resulta, claro. É sabido e com isso contam.
Para as redes sociais, o meu conselho é "não participar", evitar, fugir, de sítios ou paginas geridas sem alternativas, anos a fio pela ou pelas mesmas pessoas.
É possível que todas essas páginas ou sítios continuem e progridam alternando os responsáveis. Ninguém é eterno e, naturalmente, que quando falecer quem as criou ou as mantém, se o valor é reconhecido, irão continuar geridas por outros seguidores.
Pode parecer de pouca importância ligar ou não a estas realidades e vícios. Mas não o é.
O vicio e o abuso tende a fazer escola, a criar danos culturais e comportamentais, quando não patrimoniais, ao tecido social.
Com amizade e estima, por todos.
Carlos Pereira Martins
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