sábado, 1 de fevereiro de 2020

ANA LAINS - 20 Anos de Carreira



Estive no concerto comemorativo dos 20 anos de carreira da minha amiga Ana Lains, a noite passada, no Casino do Estoril.

Foi um concerto de verdade, como ela diz, está ao nosso alcance banir a mentira, basta só não mentirmos, de muita simplicidade, autenticidade, fraternidade, amizade, qualidade...e poderia ficar aqui a tentar esgotar palavras terminadas em "ade" com  significado próximo daquilo tudo que ali aconteceu e que lhe deu cabo da maquilhagem, tantas foram as vezes que a vi chegar ás lágrimas, sempre muito justificadamente, tenho que acrescentar!

Só uma coisa que esteve sempre iminente durante aquelas quase três horas de palco, não aconteceu. A Ana não tirou os sapatos.

Não teve oportunidades. Quando parecia que já mais não aguentaria, tinha que fazer mais um esforço em honra de quem vinha a seguir, por respeito a, por adoração a, porque ela é, além de muito boa cantora, com uma presença viva, quente e, desconcertantemente simples em palco, um ser profundamente ... ,  normal, humano.  Sente e expressa tudo o que sente, sem pudor, sem correcções políticas que tantas vezes quem está numa postura profissional não vê remédio para evitar. E torna a "coisa" menos verdadeira. Parabéns cara amiga, assim, consegues dar vida a uma sala esgotadíssima, a tanta gente.
Sim, porque não tenho alguma duvida que quem ontem esteve e assistiu a este concerto, saiu de lá com toda a certeza, com mais uns bons tempos de vida. Foi uma cura para os cansaços da vida, da plastificação de tantas relações entre pessoas que se entendem, gostam e apreciam. A Ana foi médica, tratadora e "endireita" de tantas almas, de tantos espíritos cansados de serem e verem ser tudo direitinho como tem que ser.

Dois momentos muito especiais para mim. Um, a homenagem cantada a José Afonso. Outro, a maior, a mais bela e simples declaração de amor ao marido, que na altura a acompanhava ao piano, que alguma vez vi ser feita com tanta força, tão sentida, bonita e com tanta simplicidade e verdade. Ter-me-ia sentido, no lugar dele, como se tivesse catorze ou quinze anos e teria fechado o rosto entre as mãos, para me não verem corar. Mas não, o Homem esteve à altura e foi-lhe entregar um lenço de papel para consertar os cremes do rosto! Sempre com os sapatos calçados.
Um reparo apenas, um conselho: Ana, na próxima declaração, tão linda como esta, que lhe faças, tira lá os sapatos, dá muito mais jeito...!

E os convidaos, tantos e tão bons. Destaco pela proximidade que tenho com eles, o meu querido amigo Luis Represas e o Ivan Lins que, comigo, fazíamos um trio de sócios do Clube de Futebol "Os Belenenses", aquele que mora ali no Restelo, do Vicente e do Matateu e de que fui ainda não há muito tempo, Presidente da Assembleia Geral. Estive com o Ivan a recordar isso, ele ter-se feito sócio há tempos, a amizade comum com o Helder Costa e o Carlos do Carmo, por volta das 17 horas. Depois, andei ás voltas pelo hall do Casino com o Luis imenso tempo, a fazer horas para o jantar pois o espectáculo só começaria ás 22 horas. E A Mafalda Arnault, pelo menos o nome tenho que aqui deixar.
E, chegada a hora, lá fui para a minha indispensável primeira fila, sem nenhuma maquina especial, apenas a pequenita de bolso que quase sempre tenho à mão, ou "ao bolso".

E registei momentos simples com enorme significado que, já agora, partilho com eles, pois vou enviar-lhes, e com quem entenda o que estas imagens significam. com verdade, tão cara à Ana Lains.
Um grande beijinho de PARAÉNS, Ana, que venham os que faltam para os 50 anos de carreira, gostaria de lá estar,..., a medicina tem progredido tanto...!

































E juntei mais uma miniatura assinada pelo Ivan Lins à minha já enorme colecção de preciosidades !



Sem comentários:

Enviar um comentário