sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Torre de Babel - 2


























No Teatro A BARRACA, de novo uma peça a não perder. Mesmo para ver segunda e mais vezes, Torre de BABEL, de Helder Mateus da Costa !
Fui ver a estreia de Babel, de Helder Mateus da Costa, no Teatro A Barraca.
Se fosse possivel parar a vida tal qual a vivemos, com tudo o que tem dentro, com tudo o que a vida é e a colocá-la numa foto, num plano estático e horizontal como uma radiografia ou um negativo fotográfico, e de seguida trazê-la para um palco para ser vista, talvez mesmo contemplada, e se fosse igualmente possivel parar a representação desta peça, Babel, e com essa imagem e com tudo o que esta peça tem dentro, com tudo o que esta peça é, fazer exactamente mesmo, colocá-la ao lado da imagem parada da vida, então Babel seria a Vida e a Vida seria Babel.
Helder Mateus da Costa conseguiu com esta peça colocar em palco a VIDA, a vida que hoje viemos, não lhe faltando nada dos inumeros conteúdos que a vida actual ganhou.
Tem lá tudo, a politica, o social, o religioso, o economico, o drama e a comédia que temperam a vida realmente vivida. E tem tudo iso muito bem embrulhado em musica e cantigas que semeiam alegria e riso no espírito de quem ouve e vê a peça.
De “Sebastião come tudo, come tudo” a John Lennon, passando pelo Avé, a Internacional, Grandola e até o Hino do MFA, a musica toma um papel importante.
Babel está polvihada de risos e alegria.
Tem a ansia da humanidade em poder subir aos céus, se aproximar do poder e do saber, e a ira de quem o detém, não lho permitindo.
E, por isso mesmo, Babel ficou comprometida, a Torre que se ergueria até aos céus ! Deus não deixou e dividiu os homens para continuar a reinar. Afinal a tecnica vem já de há muito e configura saber divino.
Tem o passado historico e o presente. Tem Portugal que meteu mãos á obra e fez pontes entre o ocidente e o oriente.
Um grande puzzle com a multiplicidade de tudo o que variadas culturas encerram e a dificuldade de entre si se entenderem com linguagens diferentes e também variadas, mas que os portugueses foram aproximando e possibilitando leituras e entendimento.
Babel passa, nesta representação, por Washington e pelo Vaticano, pelo Japão e por Fatima mas também por Moscovo. Babel passa por todo o sitio onde a Vida tal como a temos vivido tem sido escrita. Relembra as tréguas e a guilhotina, deixa perceber a tirania e a falta de solidariedade, abre a janela para se perceber a catastrofe do clima e o drama de quem é refugiado.
Babel atemoriza quando mostra o caricato e os perigos de lideranças que são actuais e a semelhança de figuras passadas com protagonistas que bem conhecemos. Veio á cena Rasputin que se acreditou que seja parente de um conhecido interprete dos dias de hoje, neste mundo de familias, de mafias e de salteadores.
Babel é-nos apresentada a cada passo por uma jovem que ainda há pouco tempo deixava promessas de grandes voos na equipa junior. Teresa Mello Sampayo que brilhou com a Pessimista brilha agora num projecto bem mais arrojado onde toma a condução dos espectadores do inicio ao fim da peça, interpreta, canta e encanta. E, ainda para mais, a sorte parece que por vezes se concentra em grandes doses, é bonita, alegre e simpatica que se farta !
Não terei dito tudo sobre Babel, isso seria impossivel mas o essencial terá sido abordado.
Essencial será deixar um convite para que partilhem o texto.
Essencial ainda será organizar autocarros de todo o país, que é pequeno e as distancias não são longas, para que muitos mais tenham a possibilidade de assistir a este pedaço de vida, tal qual a temos vivido, com as tontarias, os alucinados, os temores mas também com as alegrias e o riso natural que tão completa representação dos tempos que vivemos proporciona.
Babel será, a meu ver, uma obra prima de Helder Mateus da Costa
Que só é possivel pela cumplicidade, o saber e participação de Maria do Céu Guerra.
Mas também de Adérito Lopes, da Patricia Frazão, do Carlos Sebastião, da Rita Soares, do João Maria Pinto, da Sónia Barradas, do Samuel Moura, da Teresa Mello Sampaio, do Sergio Moras, da Anita Ribeiro, da Clara Cunha, da Mar Ribeiro e do Francisco Gonçalves.
A todos eles, muitos parabéns e muito obrigado por serem tão bons!
Carlos Pereira Martins
(Consumidor-militante do que de muito bom se faz no meu país)

Torre de Babel, no Teatro A Barraca - Vale mesmo a pena ir ver, de quinta-feira a domingo, todas as semanas!






















No Teatro A BARRACA, de novo uma peça a não perder. Mesmo para ver segunda e mais vezes, Torre de BABEL, de Helder Mateus da Costa !
Fui ver a estreia de Babel, de Helder Mateus da Costa, no Teatro A Barraca.
Se fosse possivel parar a vida tal qual a vivemos, com tudo o que tem dentro, com tudo o que a vida é e a colocá-la numa foto, num plano estático e horizontal como uma radiografia ou um negativo fotográfico, e de seguida trazê-la para um palco para ser vista, talvez mesmo contemplada, e se fosse igualmente possivel parar a representação desta peça, Babel, e com essa imagem e com tudo o que esta peça tem dentro, com tudo o que esta peça é, fazer exactamente mesmo, colocá-la ao lado da imagem parada da vida, então Babel seria a Vida e a Vida seria Babel.
Helder Mateus da Costa conseguiu com esta peça colocar em palco a VIDA, a vida que hoje viemos, não lhe faltando nada dos inumeros conteúdos que a vida actual ganhou.
Tem lá tudo, a politica, o social, o religioso, o economico, o drama e a comédia que temperam a vida realmente vivida. E tem tudo iso muito bem embrulhado em musica e cantigas que semeiam alegria e riso no espírito de quem ouve e vê a peça.
De “Sebastião come tudo, come tudo” a John Lennon, passando pelo Avé, a Internacional, Grandola e até o Hino do MFA, a musica toma um papel importante.
Babel está polvihada de risos e alegria.
Tem a ansia da humanidade em poder subir aos céus, se aproximar do poder e do saber, e a ira de quem o detém, não lho permitindo.
E, por isso mesmo, Babel ficou comprometida, a Torre que se ergueria até aos céus ! Deus não deixou e dividiu os homens para continuar a reinar. Afinal a tecnica vem já de há muito e configura saber divino.
Tem o passado historico e o presente. Tem Portugal que meteu mãos á obra e fez pontes entre o ocidente e o oriente.
Um grande puzzle com a multiplicidade de tudo o que variadas culturas encerram e a dificuldade de entre si se entenderem com linguagens diferentes e também variadas, mas que os portugueses foram aproximando e possibilitando leituras e entendimento.
Babel passa, nesta representação, por Washington e pelo Vaticano, pelo Japão e por Fatima mas também por Moscovo. Babel passa por todo o sitio onde a Vida tal como a temos vivido tem sido escrita. Relembra as tréguas e a guilhotina, deixa perceber a tirania e a falta de solidariedade, abre a janela para se perceber a catastrofe do clima e o drama de quem é refugiado.
Babel atemoriza quando mostra o caricato e os perigos de lideranças que são actuais e a semelhança de figuras passadas com protagonistas que bem conhecemos. Veio á cena Rasputin que se acreditou que seja parente de um conhecido interprete dos dias de hoje, neste mundo de familias, de mafias e de salteadores.
Babel é-nos apresentada a cada passo por uma jovem que ainda há pouco tempo deixava promessas de grandes voos na equipa junior. Teresa Mello Sampayo que brilhou com a Pessimista brilha agora num projecto bem mais arrojado onde toma a condução dos espectadores do inicio ao fim da peça, interpreta, canta e encanta. E, ainda para mais, a sorte parece que por vezes se concentra em grandes doses, é bonita, alegre e simpatica que se farta !
Não terei dito tudo sobre Babel, isso seria impossivel mas o essencial terá sido abordado.
Essencial será deixar um convite para que partilhem o texto.
Essencial ainda será organizar autocarros de todo o país, que é pequeno e as distancias não são longas, para que muitos mais tenham a possibilidade de assistir a este pedaço de vida, tal qual a temos vivido, com as tontarias, os alucinados, os temores mas também com as alegrias e o riso natural que tão completa representação dos tempos que vivemos proporciona.
Babel será, a meu ver, uma obra prima de Helder Mateus da Costa
Que só é possivel pela cumplicidade, o saber e participação de Maria do Céu Guerra.
Mas também de Adérito Lopes, da Patricia Frazão, do Carlos Sebastião, da Rita Soares, do João Maria Pinto, da Sónia Barradas, do Samuel Moura, da Teresa Mello Sampaio, do Sergio Moras, da Anita Ribeiro, da Clara Cunha, da Mar Ribeiro e do Francisco Gonçalves.
A todos eles, muitos parabéns e muito obrigado por serem tão bons!
Carlos Pereira Martins
(Consumidor-militante do que de muito bom se faz no meu país)

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

O ultimo ano de Trump ?


Todos os anos, desde que Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos da America,  que esta conferência se realiza com uma organização primorosa de Eduardo Paz Ferreira no Salão Nobre da Reitoria.

Fica um registo da sessão da manhã com brilhantes oradores.