segunda-feira, 28 de março de 2022

Simone de Oliveira

 È já amanhã, no Coliseu dos Recreios, que Simone de Oliveira fará o seu último concerto público.

Um final de carreira na sala mítica que merece.
Parece-me que foi ainda no mês passado que vi Simone cantar no Festival da Eurovisão, a preto e branco em casa dos meus pais, sala cheia de familiares e alguns amigos para o ver.
Eu era tão miúdo que quase coloquei os cotovelos nos olhos quando ela cantou "Quem faz um filho, fá-lo por gosto" !
O mesmo deverão ter feito Salazar e todo o seu séquito reaccionário e de cabeça pouco aberta.
Depois, nos anos 80, quem me tivesse dito antes que eu almoçaria anos a fio na mesa do lado do mesmo restaurante onde Simone e Varela almoçavam também diariamente, seria por mim chamado tonto!
Mas foi assim que aconteceu mesmo.
Que o concerto seja optimo, estimada Simone de Oliveira, e que os anos futuros sejam com qualidade de vida e sejam muitos.
Fica a foto de recordação. Ou eu não gostasse mesmo muito de fotografia!



terça-feira, 22 de março de 2022

Velhos são os tempos, a razão persiste, Nuclear, NÃO, obrigado !

 

Quem viveu os aos logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, por certo se recorda das inúmeras manifestações contra o nuclear, das inúmeras discussões, das posições públicas e da quase guerrilha ideológica que o assunto, o recurso à produção de energia por centrais nucleares, motivou.

Nesses anos, décadas de 70 e 80, o tema estava não só em cima de todas as meses, preenchia a agenda política, como, em termos muito simplistas, dividia as pessoas, sobretudo a juventude que, pela caud+sa militavas fortemente, em dois blocos. Os de esquerda que diziam "Nuclear, não, obrigado" e os de direita que se mostravam receptivos ao nuclear.

Mais tarde, com as ameaças de destruição do planeta por força dos combustiveis fósseis,  recordo perfeitamente as inúmeras discussões em participei em Bruxelas, nos Grupos de Redacção de Pareceres do CES Europeu sobre as energias, pertenci à Secção TEN do Conselho , Tecnologias e Energias durante alguns anos. Era por aí que as discussões e os Pareceres passavam. 
Recordo perfeitamente os argumentos de Colegas da Alemanha, Suécia, Bulgária, e outros Estados Membros, que comigo integravam esses grupos de elaboração de Pareceres sobre energia, que eram até mais conhecedores, tecnicamente e teoricamente do que eu era e sou, professores universitários, físicos de renome, estudiosos e antigos administradores de centrais nucleares, que argumentavam que a saída ideal teria que passar por um misto de soluções de produção energética onde o nuclear tinha um papel fundamental.  Recusar o nuclear por razões ideológicas seria estupidez pois essa seria a boa solução para o futuro de todos nós.

Confesso as minhas culpas sentidas por algumas atitudes e "crenças" de juventude, quando se tem a ideia que emos soluções para a salvação e futuro da humanidade, para mudar o Mundo, e agora, com muito mais anos vividos e vida passada, se nos afiguram naipes e ingénuas algumas "verdades" tidas por absolutas.
Mas, como em tudo há excepções, vejo agora, com o evoluir  não desejado desta guerra, com os perigos já corridos de desastres nucleares, com as centrais e, sobretudo, com a enorme ameaça que se adensa como uma nuvem negra de participação da NATO no conflito e a probabilidade de um conflito mundial, de uma Terceira Guerra Mundial que, a acontecer, nada terá a ver com os horrores das duas precedentes mas deverá ser o fim da humanidade, uma guerra nuclear sem vencedores nem vencidos, sinto na verdade as razões e a consistência da juventude do meu tempo que não se cansava de gritar:

Com muita razão, e o exemplo ainda quase recente de Chernobil bem o demonstra, as populações foram-se opondo com muita razão à construção de centrais nas suas imediações.




Agora, como outrora, Nuclear, NÃO, Obrigado !
Que é o mesmo que gritar, Pela Vida, Viva a Vida,  Não à nuclearização dos conflitos armados, salve-se a Humanidade!

Carlos Pereira Martins
 



Mais uma noite muito saudável e bem passada na Barraca ! - 2022.03.21

 

Encontros Imaginários do magnífico autor, Hélder Mateus da Costa !

FELLINI (Nicola Lori, investigador universitário), LYDIE BASTIEN (Sandra Calado, directora de acção social) e D. JOÃO III (Jacinto Rego de Almeida, investigador e diplomata), magníficos interpretes, texto acima das magníficas interpretações!

Ficam algumas recordações da noite passada.






















segunda-feira, 14 de março de 2022

Se não ouve os detidos, caro jornalista, vá ao otorrino, se faz o favor. E não nos cause náuseas logo pela manhã !

 Se não ouve os detidos, caro jornalista, vá ao otorrino, se faz o favor. E não nos cause náuseas logo pela manhã !

Eu tenho insistido nisto.
Apelos à dádiva de géneros alimentícios, medicamentos, empregos, ..., mas também, urgente mesmo, de aulas das antigas primeira, segunda e terceira classe. 
Não usem computadores nestas aulas, podem cair na utilização do professor GOOGLE e nos automatismos de escrita e isso só dá raia, como a que aqui nos mostra. 
Não me admiro que a legenda tenha sido escrita por alguém com uma licenciatura, um mestrado, por aí fora...! lamentável. E, o grave, é que isto vem na maioria dos casos, associado aos Valores que cohabitam nas mesmas cabecinhas e saem em jorros de vómitos esverdeados pelas mesmas bocas! 
Desculpem se fui inconveniente. Por vezes, é mesmo necessário !



quarta-feira, 9 de março de 2022

Vários profissionais das televisões, pivots das noticias, ou não lhes deram educação ou pensam que estão de igual para igual com Ministros, militares de altas patentes, individualidades, etc.

Tratam-nos, de um momento para o outro, pelo primeiro nome ou até por tu.
Ainda agora a apresentadora das noticias da nova CNN Portugal referindo-se ao Ministro Santos Silva, Ministro dos Negócios Estranjeiros, que acabava de reunir com o homologo brasileiro, disse: "vamos ouvir o Santos Silva"! O Santos silva, minha Senhora, quem, o Senhor Ministro?!
Não sei se andou com ele e talvez com outros na escola. Não é provável dada a diferença de idades. Mas, mesmo que tenha andado, deveria saber que há uma coisa que se chama EDUCAÇÃO e outra que é RESPEITO e dever de distanciamento de titulares de Orgãos de Soberania e Governo que tem que ser respeitado. Senhor Ministro, se faz o favor, minha senhora.
Agora, por outro acaso, referiu-se ao Ministro dos Negócios Estranjeiros, para o voltarmos a ouvir. É, assim, ao calhas, ...!



Um café e um bolinho da Alcoa!

 





Ás oito da manhã, dentro da piscina !

 Hoje nadei com muita velocidade .

Pudera, com uma touca do PHELPS ...!





Já me custa falar ou ouvir falar da Ucrânia, a sério.

 Já me custa falar ou ouvir falar da Ucrânia, a sério.

Ligo um televisor, um rádio, abro um jornal ou mesmo sem o abrir, logo na capa, tenho Ucrânia.
Bom, mas a guerra é a guerra e dizem os crentes "Deus nos livre dela" ! Os agnósticos e os ateus dirão o mesmo mas com outras palavras, ou ainda, o que dá mais força pois retira-lhe qualquer ponta de folclore politico ou religioso, dizem o mesmo SEM PALAVRAS.
Mas, o que é facto, é que, com isto, já criei uma excepão à minha determinação de não poluir mais as comunicações, falando eu da Ucrânia. Está feito e, então, aproveito este balanço.
Liguei há pouco para Kiev. Atendeu-me, a nossa amiga que trabalhou cá em casa uma meia dúzia de anos e regressou a Kiev há já três anos. Regressou com o marido. A filha, visitou-me em Kiev e é professora na universidade de Kiev. A nossa amiga e o marido permanecem ainda hoje em Kiev, na sua casa e não querem sair. É o seu "ninho" de sempre e se tiverem que acabar ali, assim será. A filha vai a caminho da Roménia com o filhote e marido. Que tenha sorte e que viva!
Tenho-lhe falado algumas vezes e fico contente por os saber vivos mas muito inquieto, ao mesmo tempo.
Há pouco, vinha a conduzir e a pensar na chamada que acabara de desligar.
O meu sentimento era que daria boa parte do que tenho e posso dispensar sem colocar a minha subsistência em risco, a actual, claro, o futuro ninguém sabe como será, do que precisarei do pé de meia que tenho, para tirar da guerra e do sofrimento aquela gente boa.
E acabei por aportar aqui, nesta conclusão:
se as pessoas fossem capaz de mudar alguns valores e, muito em especial, passar a gostar mais de pessoas do que de dinheiro ou bens materiais, seria, a meu ver, o caminho directo para a PAZ.
Não só entre russos e ucranianos, mas em todo o lado.
E, claro, a enorme dose de hipocrisia que todos os dias nos bate na cara, ou nas trombas, como dizia o meu avô materno, também "iria À vida", como dizemos nós.
Pronto, não falarei mais sobre a Ucrânia. Quando falar, falarei apenas de pessoas. São elas os verdadeiros sofredores, os protagonistas, os que morrem ou ficam, os que me merecem sofrer ao pensar neles.
Que viva a VIDA e os que fazem a guerra, ali e em tantos países, em Africa, na América Latina, em todo o sitio, nos deixem de vez o mais rápido possível.
Carlos Pereira Martins



Não vou deixar que a tampa me salte !

 A expressão saltar a tampa tem um enorme significado.

Aqui, por exemplo, se me salta a tampa, pode sair o que devo manter contido para não causar os tais danos colaterais !
E, com este conselho, ficam os bons dias, destapados, para todos os meus amigos e conhecidos !



Lançamento do livro do meu Companheiro e amigo Domingos Lopes, dia 8 de Março no El Coorte Inglês

 Lançamento do livro do meu amigo Domingos Lopes, ex membro do PCP e do seu Comité Central, ontem, no El Corte Inglês.

Apresentado pelo amigo escritor Mário de Carvalho.










sábado, 5 de março de 2022

O PCP e o Bloco e a ajuda à Ucrânia

 


O PCP e o Bloco e a ajuda à Ucrânia

Não tencionava falar neste assunto mas todos os meus conhecidos politicamente independentes e, sobretudo, os com posições políticas de direita, falam-me frequentemente nisto e com um ar desafiador, se é em conversa, ou com um estilo, se é por escrito, que é como uma acusação para mim, sabendo eles que tenho posições de esquerda, é o meu lado na História, desde sempre.
Estás a ver?!
Ou enviam-me bonecos com a figura destas pessoas que a seguir direi quem, com bigodinhos à Hitler ou camuflados nazis.
As pessoas, quem me conhece, sabem sem dúvidas que não sou comunista nem nada tenho a ver com o PCP ou com o Bloco nem, tão pouco, deveria aqui estar como que a fazer de seu defensor. Nada disso, nem faço fretes a ninguém.
Mas, confesso que na primeira reacção, eu próprio, fiquei a pensar no que teria acontecido a esta gente para votarem contra ou se absterem na votação no Parlamento Europeu sobre a ajuda à Ucrania.
Foto montagens com dirigentes do PCP e com Marisa Matias naqueles preparos, causam-me náuseas pois por muito que votem a favor ou contra seja o que seja, incusivé Orçamentos de Estado que eu queria ver aprovados, nunca me levarão a considerar estas pessoas seja de direita seja, muito menos, fascistas! Era só o que faltava.
Talvez eu politicamente seja muito fraco, não seja politizado, nada entenda disso. Talvez.
Mas, não tenho qualquer dúvida que ao PCP todos os democratas e amigos da Liberdade em Portugal devem décadas de luta por esses Valores, ideais e situações objectivas.
Repito, nada tenho a ver com o PCP e não sou mesmo comunista. Poderia ser, claro que não é crime... talvez, ainda, para alguns !
Magoa-me receber montagens com os meus amigos Antonio Filipe, João Ferreira, Jerónimo de Sousa e outros naqueles preparos. Em política, dizem muitas vezes que vale tudo. Para mim, não vale. Isso é um reles chavão.
E, depois de mais umas achas para esta fogueira em debates na televisão com Antonio Filipe e Nuno Melo a ofender e provocar Marisa Matias, confesso que fui estudar um pouco mais sobre este tema.
Nuno Melo desceu muito baixo nos ataques a Marisa Matias, tivesse ou não razão. E, com debates daqueles, ninguém fica mais elucidado quando acabam, bem mais pelo contrário.
Marisa Matias ou o Bloco com quem igualmente nada tenho a ver, e cabe aqui dizer que eu não minto, digo-o just in case, penso que foram ingénuos. Não têm, claramente, a experiência, o traquejo dos comunistas, do PCP.

A abstenção dos bloquistas, disse-o ela e entende-se, deve-se ao facto de quererem a ajuda mas sem as condições posteriores de austeridade tal como os portugueses tiveram com o Programa da Troika. E em nada prejudicou, a abstenção, a aprovação da ajuda.
Creio que terá sido mesmo ingenuidade e não terem medido os efeitos posteriores e os aproveitamentos politicos das outras forças e da imprensa que gosta de tudo o que seja escandalo.
Visto mais a fundo , é evidente que o apoio à Ucrania, nesta altura, é um dever dos Estados e cidadãos europeus, ocidentais e de todo o Mundo e estou com o povo ucraniano e aquele país onde estive muitas vezes e talvez mais recentemente do que possa ser sabido. Em apoio efectivo à Ucânia.
Ainda esta noite, por volta das 23 horas, estive ao telefone com uma boa pessoa em Kiev, admirado por me atender o telemóvel mas não podendo eu dizer com mais pormenores onde e quem.
Com a experiência e traquejo político que tem, entendo agora, depois de ler bem o texto do meu amigo Carlos Matos Gomes, que me levou a outras leituras, que o PCP, não pela próximidade que sempre teve ao Kremlin mas neste caso pela análise da evolução histórica na Ucrânia, não poderia tomas outra posição. Este governo ucraniano, cujo Presidente se revelou agora um enorme lider, mobilizador das forças patrióticas contra um invasor que ofendeu e pisou o direito internacional e os Direitos Humanos, tomou o poder na sequência dos acontecimentos de 2014, aquando eu estive em missão da Sociedade Civil da UE na então Praça Maidan, agora Praça da Liberdade, em eleições sim, mas acolhendo logo todos os grupos fascistas e neo nazis da europa e de todo o mundo. Só agora, com este comportamento decididamente louvável e agregador dos apoios de todos os países, poderemos dizer que practicamente de todo o Mundo, o Presidente ganhou a confiança e apoio unânime do seu povo.
Antes, digamos que no entretanto, o poder ucraniano portou-se realmente mal.
Eu teria apoiado e passado por cima desse passado recente, é verdade. Mas eu não tenho a experiência politica nem o traquejo do s dirigentes do PCP.
Temos um caso difícil pela frente perante o qual nos sentimos impotentes para o resolver. Mas poderemos ser ratinhos que virão a morrer estornicados se a "coisa" se complicar.
Haja tento, haja calma, haja PAZ pois foi para isso que criamos a UE.
Os crentes, dirão Haja Deus !
Carlos Pereira Martins .
(Cidadão pela PAZ )




PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS !

                                              PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS !

É só estupidez ou é desonestidade ?

Já não comento, para não complicar este texto, os aumentos do barril de petróleo.
Mas, por isso mesmo, é certo que os combustíveis estão e irao aumentar em Portugal e em practicamente todos os países, excepto os produtores de petróleo.
E, perante esta previsibilidade, a imprensa escrita e falada comenta, noticia e especula. Sobretudo, alarma que é o que mais gosta a maioria desta gente.

A seguiir chegam os comentários dos donos das empresas transportadoras e distribuidoras. Mas também, e foi quem agora lhe deu a sua voz, o preidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa.
Diz ele e dizem os jornalistas e donos de empresas que só há uma solução, apoios efectivos com fundos injectados nas empresas. Baixar os impostos sobre os combustíveis.
Entendo, concordo e sou solidário nas preocupações.
Mas, a questão não passa pelos impostos. Passa, sobretudo, por as distribuidoras de petróleo, gasolina, gasóleo, etc, abdicarem dos lucros super milionários a que se habituaram e venderem um pouco mais barato para não deitar para o charco essas empresas e para o desemprego os seus trabalhadores.
Falar só dos impostos sobre os combustíveis é patético. è estúpido pois significa que entendem que o Estado, ou o Governo pois apontam quase sempre as balas para o Governo, como se tenha um poço de dinheiro para distribuir, dar, gastar a torto e a direito.
Falam como se os impostos, inclusivé esses sobre os combustiveis, fossem para os Membros do Governo irem para almoçaras ou para meterem nos bolsos.
não, não são. São para NÓS. sim, para acudir à nossa saúde, aos bens e cuidados básicos, para tudo o que é socialmente necessário.
O presidente do ACP diz mesmo que é a altura de o Governo meter a mão na consciência e baixar os impostos sobre os combustiveis. Não, não é, Carlos Barbosa. è hora de o senhor, como responsável por uma prestigiadíssima associação cívica do sector automóvel, elevar a voz e fazer com que os seus amigos donos de empresas que nos vendem os combustiveis, se disporem a GANHAR UM POUCO MENOS ! A terem lucros milionários anuais, um pouco mais baixos ainda que sempre milionários. Os impostos não são para os governantes irem almoçar. São para fazer face, entre outras coisas, às necessidades do senhor, da sua Exma família, dos sócios do ACP e da população portuguesa em geral.
Pronto, resumi.
Contem que, comigo, as meias palavras e as ambiguidades não ficam nunca sem resposta.
Aqui a dei.

Carlos Pereira Martins(Cidadão português, de corpo inteiro)