“EUROBONDS” ou "COVIDS-19 Bonds”, mas venha, urgentemente, uma Emissão de Divida Europeia, conjunta.
Retomo um assunto sobre o qual escrevi bastante durante a chamada Crise Financeira iniciada do outro lado do Atlantico em 2008.
É fundamental para todos nós, cidadãos europeus mas, sobretudo, seres vivos que habitamos este espaço do Planeta chamado Europa, com todas as suas especificidades culturais, políticas, geográficas e climáticas, não perder de vista e manter como prioridade central a existência e pleno funcionamento do Mercado Único, o que significa as Economias. O Mercado Interno, o tão propalado Single Market.
Manter a produção, o comércio, o emprego e os rendimentos que permitem que a vida continue tal como a conhecemos e temos vivido desde que pela primeira vez abrimos os olhos, até hoje.
E, para isso, é fundamental que todos os intervenientes no Mercado Único, as economias e os Estados Membros e também os vizinhos próximos europeus, possam tomar, em tempo ainda oportuno, as decisões que permitam o funcionamento, já não digo sequer e apenas, das economias e do livre mercado mas da VIDA.
É fundamental dar liquidez ás empresas mas isso não chega, também ás famílias é necessário.
Sem isso, a produção não escoa, não haverá comércio.
E é sabido e tenho-o relembrado constantemente, que o comércio é gerador de PAZ. Onde há comércio, pode haver concorrência o mais forte que se queira, guerras de preços e de vendas, mas há paz no sentido social e militar do termo.
Os povos tendem a manter o clima indispensável e a paz social necessária aos entendimentos, á procura, à oferta de bens e serviços, ao entendimento económico.
Com o comércio forte, as guerras tendem a ser menos.
Claro que daqui excluo o comercio de armas, de seres humanos ou de drogas. Esses, aumentam em exponencial os perigos de guerras, as tensões e as (más) acções.
Quero reforçar a necessidade que neste preciso momento me parece fundamental de emissão de divida europeia, conjunta.
Só assim ela poderá ter credibilidade para ser emitida e utilizada pelos Estados Membros, consolidada, conjunta, garantida pela UE, por todos os Estados Membros.
Estamos numa situação muito parecida com uma guerra à escala mundial.
Se, outrora, o Plano Marschal, as Emissões de consolidado de Guerra, foram a forma de o nosso chamado Velho continente, a Europa, se reerguer, colocar a sua reconstrução, a industria, a produção novamente com vida, agora, chamem-lhe EUROBONDS, chamem-lhe Consolidado Covirus-19, chamem-lhe o que seja, é necessário e imperioso.
Vou pelos Eurobonds pois, com a experiência que tive de quase uma década como Membro do C. Economico e social Europeu, participei e conheço muito do trabalho que está feito, quer em Pareceres do CESE, quer pela comissão e pelo Parlamento Europeu, sobre essa, na altura hipotética emissão de divida.
Agora, em minha opinião, não há tempo nem espaço para grandes discussões de pormenor. Há que dar força à Emissão de Divida Europeia, conjunta e GARANTIDA pelo conjunto dos Estados Membros.
E não tenhamos duvidas que, se o não fizermos nesta altura, então, sim, o colapso económico poderá acontecer.
A hora é de fazer andar a VIDA, tocar a vida para a frente, dar possibilidades de compra, de consumo, ás famílias e aos indivíduos, dar capacidade de produção á industria e de transacção ao comercio.
O que também significa dar vida à economia e ao mercado.
É esta uma primeira abordagem ao tema mas é também um apelo pessoal quase desesperado.
A ordem dos Lideres Europeus, se deve ser Fiquem em Casa, deve também, a nível polaco, ser Emitam Divida Europeia Conjunta, Eurobonds. E quero terminar com uma nota de esperança nesta situação tão dramática. Se os governos mantêm a capacidade de gastar acima da capacidade de criação de produto e riqueza do país, resulta daí que se pode comprar mais do que aquilo que se produz. E, nessa situação, o resultado será o aumento dos preços, o galopar da inflação. Nunca foi uma solução desejável. Mas, o que neste momento acontecerá é que pelas dificuldades de movimentação de todos, em todo o mundo, isso não acontecerá. Os acréscimos de rendimento irão na maior parte para para a poupança e menos para o consumo. Então, particulares e empresas poderão ter a liquidez necessária para o essencial, pagar salários e fornecimentos e laborar e os Estados, os governos, poderão aumentar o seu endividamento sem as consequências desastrosas que normalmente daí resultam.
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