sábado, 1 de agosto de 2020
A Barraca - Novo Recital sobre poesia brasileira, dia 31 de Julho de 2020
Continua o trabalho árduo e sério dos actores, directores, autores e todos os trabalhadores do Teatro Cinearte, A BARRACA.
Nestes tempos difíceis de pandemia, sabem que a vida tem que ser vivida e, para isso, tem que se lutar por ela.
Que o mesmo é dizer lutar pelos valores que alimentam a esperança que ajudará a vencer tanto as maleitas, pandemias e contrariedades mas também as habilidades, a ganância, a exploração de quem mesmo fora destes tempos difíceis sempre assim o fez sobre quem nem à cultura e ao conhecimento teve possibilidade de aceder para deles se defender.
Recordei-me há pouco de um famoso grupo de rock de tempos passados, os Trabalhadores do Comércio, ao escrever os trabalhadores da Barraca. Uns trabalhavam com a musica, estes trabalham com o teatro. Aos ouvidos, para os meus, tudo isto soa bem e quase igual. Soa a melodia saudável.
Dou-lhes muito valor pois não se refugiam em filosofias e textos a metro com as palavras que todos querem ouvir. Por isso não são filósofos nem os "entendidos", os jornais, os "peritos", os fazedores de opinião e os orgãos de informação que facilitam as vendas de livros dos filósofos lhes dão espaço.
E isso é pena.
É pena porque o essencial da mensagem e dos valores de cidadania e civilizacioais que poderão permitir vencer nos tempos terríveis, novos e absolutamente desconhecidos que vivemos, estão na mensagem que a Barraca deixa nos jardins de Santos.
Que bom que nem todos sejam filósofos e que a toda a hora não tenhamos que ouvir o obvio, a musica celestial dos violinos do paraíso a dizer-nos como é viver.
É que, a viver não se aprende dessa forma. A viver, aprende-se vivendo mesmo, lutando pela vida, sendo feliz sempre que possivel e derrotando os inimigos da VIDA .
Carlos Pereira Martins
(Consumidor de cultura popular e amigo da Vida)
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