quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Montepio Geral, o Mutualismo em Portugal.

 



Montepio Geral, o Mutualismo em Portugal.

Vai haver eleições no Montepio. Pois vai. Então, é a hora de eu não dizer mal de seja quem for mas dizer muito bem do Montepio e do Mutualismo !
Falar do Montepio Geral é tarefa agradável mas devo confessar que não é fácil.
Como costuma dizer um ilustre amigo meu, podemos falar de muita coisa, muitas instituições ou associações. Mas, é imprescindivel saber e definir sempre com precisão de qual e daquilo de que se fala. É que há inumeras coisas com designações e mesmo finalidades divulgadas muito idênticas, quando não as mesmas. E, no fim de tudo, o que conta e quem faz as Instituições, são as pessoas que as integram, que lá estão e lhes dão vida.
Estávamos no ano de 1840 e em Portugal e na Europa, senão no mundo em geral, a vida pouco ou nada tinha a ver com a que as nossas gerações felizmente viveram e vivem, sobretudo no que respeita a protecções, a direitos já para não falar sequer em regalias ou segurança social.
Numa família tradicional, para o comum dos mortais, a infelicidade de falecer o “homem da casa”, aquele que ganhava o soldo ou tratava do pastoricio do gado que uma vez engordado era vendido ou tomava o caminho da desmancha e das salgadeiras que iriam assegurar o sustento de toda a família durante o ano, era certo que ficava anunciada a desgraça e a pobreza seria mais que certa.
Depois, era necessário enterrar os mortos, ia-se o soldo e ainda para mais era preciso arranjar meios de endividamento ou a solidariedade activa de vizinhos e amigos mais chegados para fazer o funeral. E isto não é estar a fazer textos ou histórias vãs para que toquem os corações, era a verdade quase generalizada na maioria dos lares.
E foi então, em 1840, que um grupo de homens bons e solidários decidiu fundar a Associação Mutualista, o mutualismo em Portugal.
Convém neste preciso momento da escrita deixar claro que mutualismo não pode ser definido como caridade, fazer bem ao próximo ou por um conceito próximo disto mesmo.
Mutualismo era e é entreajuda. É um grupo bem definido de cidadãos que se junta com um propósito e os membros se ajudam entre si em determinadas situações préviamente definidas.
Muitas vezes e muitas pessoas, por se tratar de uma causa muito nobre, tendem a confundir mutualismo com caridade, em geral, fazer bem aos outros, a quem necessita. Não é isso.
De início, os propósitos primeiros da Associação Mutualista Montepio Geral tinham a ver com a morte, como se disse, com a viuvez do marido ou da esposa, o custear o funeral e a entreajuda para a manutenção e sobrevivência daquela família.
Os membros que aderiam iam pagando uma contribuição certa e regular que se ia acumulando num, chamemos-lhe “Monte”. E daí os Monte Pios, palavra única, claro.
Sempre que o infortúnio batia à porta de um membro, não da população em geral, iam ao Monte, que seria Pio e dali sairia o pré-definido para a ajuda áquele membro, de acordo com as contribuições que tinha ido fazendo, uns mais, outros menos, claro.
Foi um sucesso enorme na nossa sociedade. A resposta à morte, funeral e primeiras necessidades ficavam aliviadas por esse meio.
Mais tarde, nova necessidade surgiu, o casamento de uma filha que na altura implicava um dote que não se tinha. O Montepio passou a preocupar-se e a ter resposta também para isso.
E o sucesso foi tão marcante que quatro anos mais tarde, em 1844, os Membros viram razão para se reunirem de novo e debaterem uma questão simples. Andamos para aqui a juntar contribuições, fundos já tão apreciáveis e a dá-los a guardar ou gerir a outras instituições financeiras, e a pagar tanto por esse serviço, porque não criarmos a nossa própria Caixa Económica que o faça talvez com menos custos e gerando mais proveitos? E os resultados gerados poderão reverter não em dividendos para os accionistas que os não havia mas em regalias para os mutualistas da Instituição mãe, a Associação Mutualista.
Assim o pensaram, discutiram e votaram, que nisso do mutualismo a regra foi sempre “um homem é igual a um voto”, independentemente dos capitais que lá tenha como almofada, guardados. E assim criaram de facto a Caixa Económica Montepio Geral, a CEMG que ainda tive a enorme honra de servir e dela ser Director Financeiro. Vindo do Banco de Fomento Nacional e convidado para integrar o seu projecto pelo Presidente Costa Leal, casado com a Dra Maria Candida, viúva de Bento de Jesus Caraça.
Durante muitos anos, até há pouco tempo quando os problemas mais graves começaram a surgir na generalidade da imprensa, as duas instituições, embora ligadas umbilicalmente, funcionavam como autónomas mas nos mesmos espaços físicos, os Balcões, a Sede e os edifícios centrais.
Há um tempo e um contexto para tudo e nesse tempo a solução era normalíssima e correcta.
O Montepio Geral, a Associação Mutualista, foi criada à luz dos valores da Revolução Francesa que, embora tivesse já ocorrido em Maio de 1789, tinham vindo a consolidar-se e chegavam então a Portugal. Eram básicamente a Igualdade, Solidariedade e Fraternidade.
O sucesso foi , como se disse, enorme e a instituição prosperou a olhos vistos desempenhando no país o lugar do que na América se designava e ainda hoje se designa de “Land of Last Resource”.
Foi muito próxima a relação que sempre tive com o Presidente Costa Leal. E, embora não pretenda falar de mim neste texto, os factos acabam por fazê-lo inclinar para o meu lado. Tal qual os campos de alguns clubes que bem conhecemos que, durante os jogos, acabam inevitávelmente por se inclinar para um dos lados, sempre o deles !
Costa Leal pretendia, com o seu projecto, profissionalizar a instituição ou as instituições, melhor dizendo, encontrar quem soubesse fazer “escola”. Era esse o meu desafio nas áreas Financeira e de Mercado de Capitais ( eu tinha assumido a paternidade do estudo, concepção e da introdução em Portugal do primeiro instrumento financeiro no pós 25 de Abril. No Mercado de Capitais, as Obrigações de Caixa do Banco de Fomento. Tinha sido com Veiga Anjos e Castanheira dos Santos a desenvolver e criar a Central de Valores Mobiliários e a desmaterialização dos titulos) . Costa Leal, em sussurro, logo me avisou que a minha chegada não iria ser fácil. Vinha de um Banco, o Banco de Fomento, onde em cada andar se falava a mesma linguagem, quase todos técnicos, engenheiros, economistas e advogados. Subia-se ou descia-se um andar e o nivel das conversas era o mesmo, sempre muito técnico. Apesar disso, o Fomento não era nada comercial, não tinha Balcões comerciais. Ao contrário, no Montepio, havia muito poucas pessoas formadas nos niveis intermédios e a rede era essencialmente comercial e nesse aspecto muito bem preparada.
Convém lembrar que até aos anos noventa, apenas o Montepio (MG), a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Crédito Predial Português (CPP) podiam fazer o crédito à habitação. E nesses tempos o chamado “mal parado” ou em incumprimento não era nada expressivo como hoje é, depois de liberalizado o mercado a todo o sistema bancário. No Montepio, CPP e CGD sabiam mesmo fazer, tratar e trabalhar o crédito à habitação, é um facto.
A instituição não tinha nem Capital Social, nem accionistas. A entidade bancária tinha um Capital Fundacional, Institucional, não se designava intencionalmente por Capital Social e era pertença a cem por cento pela Associação Mutualista que fundou a Caixa Económica quatro anos depois da sua existência e do sucesso ocorrido. Em 1844.
Costa Leal pretendeu sempre levar o Montepio, com presença física, a todos os países do chamado Mercado da Saudade, a imigração. Onde houvesse portugueses emigrados, Europa Central, Canadá e Estados Unidos da América, queria estar presente para os apoiar.
Quando me deu essa incumbência, me nomeou Director Internacional e tive que ir apresentar a instituição aos Bancos estrangeiros nesses países, passei por autênticos flagelos. Só em Itália, Espanha, França e no norte do Canadá, Montreal e Quebéque havia instituições parecidas. As Cajas di Risparmio com destaque para a mais antiga instituição bancária , o Montipaschi di Siena em Itália, as Cajas de Ahorro em Espanha , as Mutualités em França e pouco mais.
Dos meus colegas directores internacionais dos Bancos com quem tinha que celebrar Acordos de Correspondência, a pergunta era sempre a mesma, “então o Banco pertence a que qem, a que grupos, quem são os accionistas? E o Capital Social, como é? “
Não tem accionistas, pertence por inteiro à Associação Mutualista, não tem acções, tem um Capital Fundacional que não é representado por acções ! “Então e o Estado, qual o papel do Estado Português no Montepio, quanto lá tem?”, perguntavam-me.
Tinha que lhes recordar que o Montepio era cem por cento privado e o Estado tinha os Bancos públicos e algumas posições em Bancos privados, sem grande relevo ou não fazendo uso delas, até então.
Não entendiam e saía-me do corpo fazê-los perceber e vir de lá com os acordos assinados e manter as relações e operaçõs internacionais ao longo dos anos em que estive no activo.
A propósito, cheguei do Banco de Fomento Nacional em 1987 e reformei-me do Montepio logo que Costa Leal faleceu. Deixou de ser o projecto dele e também o meu.
Ainda entrei na primeira lista liderada por Silva Lopes para os Corpos Sociais mas reformei-me no final desse mandato.
Foi quase recambolesco mas saí muito orgulhoso. Certa manhã um administrador chamou-me ao seu gabinete onde já estava com outro meu colega Director. Queriam que eu não só desse o meu acordo mas que fosse eu a propor determinada operação. Não concordei e disse-lhes isso mas que poderiam eles propor e fazer sem a minha intervenção. Não lhes servia, tinha que propor eu. A conversa aqueceu e fiquei a saber que se eu não propusesse perderia a Direcção que tinha no dia seguinte. Seria nomeado Assessor do Conselho de Administração, sem direcção. Recordo que depois de uma troca de palavras , agi instintivamente, eu que sou tradicionalmente e normalmente pacífico, dei um murro no tampo da mesa que fez saltar o copo que continha os lápis e esferográficas, dizendo “não faço” e soltando mesmo um palavrão de que me envergoho ainda hoje de aqui escrever. No dia seguinte a decisão de me tirar a Direcção foi tomada e um diligente director que geria os móveis da casa informou-me que o armário que tinha no meu gabinete, com os meus papeis, não mudava comigo, deveria devolvê-lo ao gabinete que deixara. Assim fiz e não me incomodou como ele ou eles pensariam.
Quase ao mesmo tempo o Dr Costa Leal acabava o seu mandato e foi mudado para o quarto andar da Rua do Ouro, em vez do quinto onde ficava a Administração. Ficamos com dois gabinetes lado a lado e a mesma Senhora a secretariar os dois. Entretanto, pedi desde logo a passagem à reforma, por inteiro, com os anos que trazia de Banca.
Passadas poucas semanas o Dr costa Leal regressava do almoço do restaurante que funcionava quase como “nossa cantina”, onde se ia muito, a Granja, ao lado do Bessa. Secretariava-nos, aos dois, a Dra Natália Beça. Na hora , ela não estava e quando o telefone tocou foi Costa Leal quem atendeu. Passou em frente da porta do meu gabinete, tinhamos os dois as portas sempre abertas e disse-me “ o gajo chamou-me lá acima ao gabinete dele. Não sei o que me quer. Com a minha idade, bem podia descer ele um andar…vou lá, diga à Natália quando ela vier e que me chame o André para me levar a casa quando eu descer” O André era o seu zeloso motorista. Voltou rápido e disse-me que “ o gajo só queria dizer-me que não ia contar comigo na nova lista para as eleições para o lugar de Presidente da Mesa da AG”. Veio o André, vestiu o sobretudo, passou de novo à minha porta, meteu a cabeça dentro e disse-me que ia embora e pensar se voltaria outro qualquer dia ou não. Nunca mais voltou. No dia seguinte veio a noticia de ter sido internado de urgência e logo faleceu.
Eu reformei-me e fui desempenhar o cargo de Membro do Conselho Económico e Social Europeu em Bruxelas, lugar onde me mantive durante vários mandatos e abri imenso os meus horizontes pessoais, culturais, profissionais e sociais com contactos pessoais com as mais altas figuras dos governos mundiais, presentes e passadas como Walesa, Hillary Clinton e Delors.
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Fico por aqui.
Entretanto, várias eleições tiveram lugar no Montepio,tive convites que agradeço para integrar várias listas mas sempre recusei. O meu receio foi sempre o de, no calor das disputas, acabar a tocar em assuntos quase pessoais que o Dr Costa Leal me acabou por confidenciar ou outros profissionais que presenciei mas nunca repetirei. E desta forma sempre recusei integrar listas mas qem sabe se um dia me tento depois de concluir que tenho condições e saber para presidir a uma tão grande, tão honrosa, notável e prestigiada instituição ?!
Pois, o texto ou o campo inclinou-se como eu previra para o meu lado. só posso pedir desculpa mas acaba por ser história talvez desconhecida de muitos.
Dizia que o Presidente me avisou de inicio que não seria fácil e que seria visto como um corpo estranho. Assim foi. Também me disse que não seria conveniente sermos vistos como pessoas demasiado próximas. Ao longo dos anos fez-me muitas confidências sobre o que via e que guardarei comigo para sempre.
Fui de facto um corpo estranho no inicio. Até passei pela fase do “Expert”, termo que detestava e ainda hoje detesto. Sou um economista e não um ser desses. Quem o usava não o faria por mal , pensava que até me agradava. Os poucos licenciados que havia tinham tirado os cursos depois de entrarem para as carreiras administrativas e frequentado as universidades de noite, na sua grande maioria.
E isso tem até muito valor, enriquece conhecimentos da vida práctica e real. Mas tira disposição e leva cansaço para quem depois de um dia atrás de um balção ainda vai para as aulas da noite, dorme pouco e no dia seguinte tem que estar cedo de novo para atender clientes!
Há questões culturais, sociais, físicas e outras , tudo a ver com a educação em geral que aconselham a quem faça cursos em horários nocturnos a frequentar algum tempo os horários diurnos. Por ser tudo muito diferente, culturalmente, no essencial.
Para o comum das pessoas que não tenham formação econ´ómica, ciência económica, a frase até faz todo o sentido, pelo uso na chamada economia caseira.
Como economista, não posso aceitar que um director, economista, sei lá se administrador do Montepio diga, repita e faça disso “ciência” o argumento que temos que gerir o Montepio como se fosse a nossa casa. Que não se pode gastar mais do que aquilo que se tem ou se recebe. A ciência económica não diz isso. s países, as empresas e os particulares usam e investem o que não têm. Se não fosse assim, não haveria negócio de financiamento para os Bancos. As empresas investem o que não terão no momento do investimento. São financiadas pelos Bancos que avaliam a capacidade do projecto de investimento, do negócio, ter bondade, vir a gerar lucros e retorno. O mesmo se passa com os particulares que compram habitações, se lançam em negócios sem ter liquidez no momento. A quem os financia compete analisar a capacidade de gerar meios para honrar o serviço da dívida, esse é o papel dos economistas, sempre com um inegável grau de probabilidade aceitável. Nunca nos negócios há ou pode haver certezas. Um pretenso economista que use e diga bem alto e convencido da autoridade do que diz, que é como nas nossas casas, na economia caseira, não pode ser um economistaa sério, é bacoco, com as devidas desculpas. Não sou contra ninguém nem me move alguma coisa contra alguém. Sou pela ciência, Pela ciência económica que estudei na universidade, durante não três, nem dois, mas cinco cansativos anos!
Afinal, até à minha chegada, o Montepio não tinha feito , montado, uma única operação de Mercado de Capitais para as empresas suas clientes. E os tempos eram esses, de desintermediação. Com o regime de Controlo Directo do Crédito, todos os meses chegavam cartas do Banco Central anunciando o montante de novo crédito permitido fazer por cada instituição no mês seguinte. Nos anos noventa o regime alterou-se do Controlo Directo para o Indirecto. Queria isto significar que “quem tinha unhas, tocaria guitarra” no dizer popular. Ou seja, quem tivesse depósitos, faria o crédito correspondente aplicadas as regras e conversões necessárias.
E foi a partir desta alteração do Controlo Monetário que os Directores Comerciais dos vários Bancos passaram a preencher os seus dias a procurar novas lojas, prédios, lugares para abrir novos Balcões para captar mais depósitos. Entendia-se que quem estivesse mais próximo dos clientes, leia-se em todo o lado, captaria mais depósitos, recursos e poderia fazer mais crédito.
Foi um vale tudo de negócios e negociatas para abrir Balcões. Embora fosse bom de ver que passada a onda, e as ondas passam sempre, o mar chão acaba por voltar sempre, a maioria desses espaços seria para fechar de novo ou por não terem massa critica de clientes ou porque os custos de manutenção e os iniciais de instalação tornavam quase impossível atingir o chamado break-even-point, o ponto de retorno do investimento inicial. E, como era certo para mim nos anos de desaforo de novas aberturas, chegou o fecho e os prejudicados foram os do costume, os funcionários que foram dispensados, mandados para os despedimentos negociados ou compulsivos !
Por aqui me fico quanto a isto para não se me soltar demasiado a língua.
A situação no Montepio foi e é de preservar enquanto Instituição com estes pergaminhos, Valores e finalidades.
Sempre esteve estável enquanto teve administrações como todas as de Costa Leal com administradores como Manuel Pina ( marido de Maria de Belém Roseira), Vasco Neves (pai de João César das Neves e já falecido há anos), entre outros. Gente sem grande visibilidade mas com um profundo conhecimento da Instituição , do seu negócio, e identificada com os seus valores. Sempre se disse que as Administrações do Montepio faziam um equilibrio entre pessoas mais ligadas à Igreja e outras que não. Mas funcionavam.
As coisas alteraram-se, a meu ver, quando esses sairam e deram lugar a pessoas muito ilustres, conhecidos banqueiros, ou não, gente que veio dos corredores burocráticos da Comissão Europeia, ultrapasada no saber do negócio bancário actual, banqueiros ou bancários de há muitas décadas, emproados, gente ligada aos cardeais e importante quase só por isso mesmo. gente importante por operações que terá feito no próprio Monepio. E isso não chega pois pode até dar cheiros de demasiado conhecimento dos corredores internos, ter criado dependências de muitas pessoas e algum “inside trading”.
Só tenho a dizer bem do Montepio, da maioria dos novos colegas que lá conheci e do seu inegável apego à instituição e à vontade visivel de vestir bem cingida ao corpo a camisola do Mutualismo.
Conheci no Montepio das pessoas com maior valor que me foi dado conhecer em vida. Bem formadas, feitas por elas próprias, muitas das que tantas vezes se dão como exemplos de virtudes, vontade e bondade nas mais diversas empresas e instituições. Das que entraram como grumos e se reformaram Gerentes. Mas isso, por si só, pode também englobar casos criticáveis, os que ultrapassam o princípio de Peter !
Por aqui me fico.
Desculpem e viva o nosso Montepio e o Mutualismo !
Carlos Pereira Martins



(Dra Maria Candida, viúva de Bento de Jesus Caraça e esposa de Costa Leal, connosco, eu e Teresa minha mulher, nos Açores)
Na foto seguinte, no seu gabinete ao lado do meu no 4º piso da Rua do Ouro.


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