Há poucos dias escrevi isto como reacção à posição europeia sobre a limitação de livre circulação de cidadãos portugueses para outros Estados Membros da UE.
"Arrepia-me poder ter que utilizar a palavra.
Até porque fiz parte das Instituições europeias durante quase dez anos, Membro do C. Economico e Social Europeu.
Mas, o que a Europa, Bruxelas, decidiu, não tem sentido. Algum tolo, dir-se-ia. Ou muitos TOLOS!
Diferenciaram a livre circulação entre Estados Membros, viagens de avião, entradas nas fronteiras, pela nacionalidade. Portugueses, Não!
Um português residente e a trabalhar em França, ao contrário do seu vizinho de andar que é francês, NÃO pode entrar em vários Estados Membros. Por parecer que tem o risco, o perigo ou o virus nos genes, ou colado na testa, português!
A serem definidos estes critérios, teriam que ser pelo local de residência ou permanência , nunca pela nacionalidade.
Isso, é a palavra que me arrepia ter que escrever, proveniente de um critério com origem nas orientações da UE.
E a palavra horrosrosa é RACISMO.
E disso não tenho duvida.
Que há muita gente ignorante em lugares onde nunca deveriam ter acedido, todos sabemos.
Mas que não haja quem leia, quem pense, alerte e critique o que de errado e sem nexo vai em certas cabeças que se julgam iluminadissimas, não é concebivel."
Isso, é a palavra que me arrepia ter que escrever, proveniente de um critério com origem nas orientações da UE.
E a palavra horrosrosa é RACISMO.
E disso não tenho duvida.
Que há muita gente ignorante em lugares onde nunca deveriam ter acedido, todos sabemos.
Mas que não haja quem leia, quem pense, alerte e critique o que de errado e sem nexo vai em certas cabeças que se julgam iluminadissimas, não é concebivel."
Mas, é claro que escrevi de forma simples, como mensagem ao jeito de protesto e sem grandes pretensões de levar o assunto a um plano mais aprofundado, objectivado e justificado.
Claro que, sendo tudo isto verdade, a atitude face a Portugal tem, como tudo na vida, profundas razões económicas.
Portugal foi nos últimos anos um verdadeiro paraíso para os turistas fossem europeus ou de qualquer parte do planeta.
A qualidade dos serviços prestados, a sua relação com o preço pedido, a diversidade paisagística, gastronómica, a riqueza cultural espalhada na prática como um museu aberto, ao ar livre, do Minho ao Algarve, o sol, este clima que leva turistas a deixar agasalhos nos hotéis em pleno inverno e a refastelar-se nas esplanadas, nos relvados, a apanhar o que para nós continua a ser um solito de inverno mas que, tal como os preços, quando comparado com aquilo a que quem nos visita está habituado faz a diferença entre o verão e o inverno, tudo isso teve e continua a ter um peso decisivo na decisão muito preparada e na prática imposta pela fortíssima industria do turismo internacional.
Claro também que nada disto teria mudado não fora o impacto desastroso e ameaçador da continuidade e viabilidade de muitos operadores internacionais e da oferta turística a nível europeu primeiro, e mundial, logo de seguida.
Claro que há tontos, incompetentes, tolos e clientes de altos cargos desajustados nos lugares que ocupam.
Mas muito claro que a economia, a concorrência e a ganância comandam os tolos. Estejam eles na base das pirâmides de poder ou nos seus topos.
E, essa, é uma triste mas incontornável realidade.
ainda voltarei, possivelmente, ao tema, mas fica, por agora, mais uma achega e muito importante.
Carlos Pereira Martins
em 7 de Julho de 2020
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