Assunto sério que nos passa muito ao lado.
Não faço ideia do motivo que me trouxe este assunto à lembrança enquanto hoje conduzia ainda cedo para ir à Baixa buscar jornais, revistas e coleccionáveis que me fazem o favor de me guardar metódicamente já há algumas dezenas de anos. mas lembrei-me aquela hora ao ver ainda alguns camiões de distribuição de alimentos e outros bens, de aspectos que tratei no tempo em que fui Presidente em Bruxelas de vários Pareceres sobre Segurança Rodoviária, Segurança Aeroportuária e temas afins.
Vieram-me à memória tantos camionistas, no caso os portugueses, que semanalmente atravessam a Europa para levarem ou trazerem bens da mais variada natureza, sobretudo alimentares, produtos agricolas ou industriais. Pessoas que obrigatóriammente devem fazer paragens e pernoitar nas cabines dos camiões escolhendo áreas de serviço por suporem haver mais segurança.
E alguns desses condutores são mulheres, ou conduzindo à vez com os maridos ou mesmo sózinhas. Gente de coragem e de trabalho.
Mas é um facto e os numeros são conhecidos e estão disponiveis, que os roubos são muitos, os assaltos, sobretudo em França, quem diria, no norte de Espanha e certas regiões da Alemanha.
Em grande parte são roubos de gasóleo ou mesmo das próprias cargas. Os condutores, na noite escura, fazem por não se mexer, como se dormissem e não darem por nada, para evitar confrontos e serem talvez mortos. Vá-se o gasóleo ou parte da carga e salve-se a vida!
Mas por vezes as cabines são violadas, atacadas também. Aí, é o pior e não se deseja nem aos inimigos situações dessas.
Ora, vem acontecendo cada vez mais, sobretudo desde a crise financeira de 2008 a 2013 e agora com a pandemia, que as luzes e as cameras de segurança das ´reas de serviço em França se desligam a partir das 22 horas.
Será um contra senso mas é assim mesmo que se passa. E, não fosse já esta profissão de grande desgaste físico e psíquico, estas medidas de contenção decustos pelas auutarquias ou concessionárias de auto estradas, agravam em muito o risco inerente à profissão que permite que tenhamos os alimentos cada dia, que exportemos o que produzimos, que importemos o que nos faz , em princípio, muita falta.
A matéria é muito séria.
Quem o possa fazer e tenha acesso a quem resida em França ou na Alemanha poderá mesmo partilhar este meu "post" para que , talvez, chegue ao conhhecimento de quem, nesses paises, possa inverter a situação.
Continuo não a querer mudar ou endireitar o mundo mas a exercer deveres e direitos de cidadania.
É fundamental não assobiarmos para o lado porque ainda não nos tocou.
Pelo nosso bem comum, ajudem, colaborem e façam o que puderem.
Abraços dos rijos
Carlos Pereira Martins
(Um mero Cidadão militante)
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